Outubro Rosa: as mulheres no mercado de tecnologia.



Outubro Rosa é uma campanha de conscientização e prevenção do câncer de mama e colo do útero. O câncer de mama é uma das doenças que atingem o maior número de mulheres em todo o mundo, no Brasil só perde o câncer de pele não melanoma. 

Nesse mês tão importante para as mulheres, decidimos homenageá-las da nossa forma e falar um pouquinho a respeito da participação feminina no mercado de trabalho direcionado à carreiras de tecnologia.

Infelizmente, há uma discrepância enorme no número de mulheres e homens ocupando cargos de tecnologia, segundo dados da PNAD apenas 20% das mulheres ingressam em cursos relacionados, no entanto 79% delas acabam desistindo logo no primeiro ano, na maioria dos casos o que ocasiona isso é o ambiente hostil e discriminatório.  Essa diferença é muito visível para aqueles que frequentam estes cursos, turmas com 20, 30, 40 alunos são majoritariamente compostas por homens, enquanto o número de mulheres dificilmente atinge os dois dígitos.

Alguns justificam esse cenário como sendo um fator cultural, mesmo que o primeiro algoritmo processado por uma máquina tenha sido desenvolvido por uma mulher, Ada Lovelace, o primeiro software de computador tenha sido criação de Grace Hopper ou os cursos de computação serem compostos por um público 70% feminino quando começou a ser ensinado no Brasil na década de 70, os PCs tornaram-se culturalmente um brinquedo para meninos. As meninas mais jovens não possuem estímulos na infância ou pré-adolescência, e quando chegam na fase dos vestibulares raramente cogitam cursos voltados para estudos tecnológicos.

Algumas empresa e ONGs realizam projetos que visam mudar esse cenário, e desmistificar a afirmação de que mulheres não tem aptidão ou sequer interesse pela área tecnológica, até mesmo porque de acordo com uma pesquisa realizada em 2016 pela McKinsey & Company, as empresas que prezam pela diversidade de gênero e etnia possuem desempenhos superiores nos negócios.

Em São Paulo, por exemplo, a Programaria é uma ONG que ensina programação à meninas e mulheres de todas as idades, e tenta mudar as estatísticas no mercado de trabalho, que possui muitas vagas disponíveis para essa área de atuação e encontra dificuldade na hora de preenchê-las, principalmente para as empresas que pretendem selecionar mais candidatas para compor seus quadros de funcionários nos setores de TI.

Aqui na Poggers, por exemplo, somos 6 mulheres e 8 homens, sendo 3 programadoras e 6 programadores, defendemos a diversidade de gênero e etnia, não apenas por questões do desempenho corporativo, mas também (e principalmente) por respeitarmos o direito do ser humano de ser tudo aquilo que ele quiser ser, além disso, a diversidade nos ajuda a aperfeiçoar nossas capacidades empáticas, o que colabora diretamente com nossa preocupação em melhorar o mundo de modo geral, ou o mundo de uma pessoa de cada vez. :)

Até a próxima!

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